sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Onde vamos parar?

Por Allan Ferreira dos Santos

As redes sociais estão formando uma geração de filósofos de botequim (ou barzinho, termo mais teen). Uma porção de jovens que não leem um rótulo de refrigerante que seja, mas que se consideram portadores de mensagens poderosas. A mentira manifesta bate as portas, aliás já se instaurou em cada lar que tenha uma televisão e acesso a internet (o que é a grande maioria).
É muito simples e cômodo se unir a multidão e engolir tudo que a mídia lhe oferece, tornando-se um reprodutor de bobagens. Agora vamos pensar um pouco: Você vai desperdiçar a única vida que você tem com mesquinharias e publicidade barata?
Onde está o amor? Onde está a amizade? Onde está a pureza? Permita-se avaliar fora da esfera virtual. O quem tem sido de real valor na sua existência? Onde estão ancorados os seus princípios?
Acredito (permitam-me por favor) que há esperança. A reciprocidade do olhar de um amigo me permite acreditar nisso. Insisto portanto nos conselhos.
Leia! Informe-se! Pense! Não seja mais um robô. Ainda que faça parte da "geração coca-cola" permita-se conhecer mais do que o habitual. Busque uma realidade empírica (em que as experiências realmente tenham valor) e você será (ou poderá ser) mais feliz (existem outras variáveis, certo?). Não se deixe dominar pela tecnologia, pelo consumo, pela religião. Você é livre pra pensar, pra viver, pra respirar, pra vislumbrar um futuro bonito.
Sei que maioria entregou os pontos. Eu não.

A pergunta ecoa... Onde vamos parar?

Trecho de "O Pequeno Príncipe" de Antoine Saint-Exupéry

E foi então que apareceu a raposa:

- Bom dia - disse a raposa.
- Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, olhando a sua volta, nada viu.
- Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Vem brincar comigo - propôs ele. - Estou tão triste...
-Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa - disse o principezinho.
Mas, após refletir, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras?
- Procuro os homens - disse o pequeno príncipe. - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens - disse a raposa - têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?
- Não - disse o príncipe. - Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. Significa "criar laços"...
- Criar laços?
- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender - disse o pequeno príncipe. - Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível - disse a raposa. - Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! Não foi na Terra - disse o principezinho.
- A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito - suspirou a raposa.

Indescritível.


Por Allan Ferreira dos Santos


E daí se eu quiser destoar os versos,
Alterar as estruturas pra ver se você percebe,
Que és desde o princípio,
Meu eldorado,

Não há palavra que resuma,
Ou oratória que descreva,
Não há pincel que ilustre,
Ou manequim que represente,

Não há tempo, não há melodia,
Nem mesmo essa humilde poesia,
Não há remédio, nem mesmo veneno,
Que te desmanche dos meus sonhos,

Incontrolável, Imcompreensível,
Puramente sagaz,
Que o momento não tarde,
E eu me deleite mais e mais!

Da onde vem o tiro?

Por Allan Ferreira dos Santos

Ainda que seu gosto musical não corresponda exatamente ao vídeo que ilustra esse post, a letra reflete exatamente a situação cotidiana do nosso país. Você sai de casa sem saber se volta. Os ideários estão totalmente esquecidos. Parece saudosismo mas o mundo realmente já foi um lugar mais leal e menos hostil.

Vivemos, vivemos, vivemos... e aliás devíamos agradecer mais porque a barbárie está por todos os lados, e cada dia de vida não deixa de ser uma vitória. Como diria o próprio Herbert Vianna:
"Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo, sem saber o calibre do perigo,
Eu não sei da onde vem o tiro!"



No mais, tenham um excelente dia!

Novidades Mil, Mil Novidades!



Por Allan Ferreira dos Santos

Daqui pra frente o blog tratará de variedades, caminhando para além da esfera de assuntos cristãos como se propunha. Falaremos de cultura, esporte, política, direito, tecnologia... nunca se esquecendo dos princípios no qual ele foi constituído.

Espero que gostem da mudança e sempre que possível deixem seus comentários.

Um abraço especial pra leitora mais assídua "Gaby Mendes" e pra quem me inspirou a mudar e renovar esse espaço: "Renata Stuart".